Na sequência da "Semana da Cultura Avieira", na escola EB 2,3 Marinhais, foi utilizado nesta atividade o seguinte texto sobre os avieiros :
Avieiros
Esta gente é
oriunda da praia de Vieira de Leiria, na Região Centro – daí o nome de
Avieiros, e foi a procura de melhor vida que os levou a procurarem sustento no
rio Tejo. No Inverno, quando o mar de Vieira de Leiria se mostrava pouco
generoso, famílias inteiras deslocavam-se em campanha até ao Tejo, onde em
pequenos barcos pescavam sável, enguia, fataça, lampreia e robalo. Com o fim
das campanhas regressavam a Vieira de Leiria, muitas vezes a pé! Mas o pouco
sustento do mar, que só no Verão era rentável, fazia-os regressar cada vez com
mais frequência ao rio Tejo.
Navegavam em
pequenos barcos, as bateiras, que, além de serem o principal instrumento de
trabalho, eram a própria casa do pescador e da sua família: ali trabalhavam,
dormiam, comiam. Era também ali, no barco, que muitas vezes nasciam e eram
criados os filhos.
A cultura
avieira teve sempre como pedra de suporte a família, não apenas o núcleo
restrito, mas a família alargada, que funcionava, e funciona, como uma rede de
afectos e ajuda quase auto-suficiente.
Habitualmente,
a pesca era feita em família, o casal ia junto para o rio. E esta tarefa, dos
remos, que é pesada, era feita pelas mulheres. Enquanto o homem lançava as
redes, era a mulher que manobrava o barco, que remava. Só quando era preciso é que
o homem corrigia com a vara.
No seu livro
“Avieiros”, o escritor neo-realista
Alves Redol chama-lhes «ciganos do rio». Esse nome pode ter surgido pelo facto de os avieiros,
enquanto sociedade fechada e rejeitada, terem o hábito de casar entre si, tal
como fazem os ciganos. Os avieiros casavam entre si até como forma de
protecção, para se defenderem. Era uma forma de preservarem o conhecimento que
tinham das artes do rio e para darem continuidade às suas tradições.
Mas a
abertura da sociedade avieira e a sua aceitação pelos outros eram inevitáveis,
até porque no Ribatejo sempre se precisou de mão-de-obra para os trabalhos no
campo. A pouco e pouco, foram-se integrando na região e fazendo também alguns
trabalhos agrícolas, sobretudo nas culturas sazonais do milho e do tomate.
Actividades
que levaram os pescadores a começarem a fixar-se ao longo das margens do Tejo.
Casa Branca, Conchoso e Lezirão, no concelho da Azambuja; Palhota, no concelho
do Cartaxo; Escaroupim e Muge, no concelho de Salvaterra de Magos; Caneiras, em
Santarém; Patacão, em Alpiarça, e Carregado e Vila Franca de Xira são apenas
alguns dos locais onde os avieiros se foram instalando. Lentamente, foram
abandonando o barco onde sempre viveram e mudaram-se para barracas de lona ou
caniço assentes em estacas. Estas casas, serviam para as campanhas sazonais de
pesca, mas revelavam-se desadequadas quando as estadas eram prolongadas e
demasiado precárias para suportar as cheias do Tejo.
Quando as
condições económicas começaram a permitir, este povo, que se fez nómada por
necessidade, começou a construir casas com características bem diferentes das
casas ribatejanas: nasciam assim as aldeias palafitas (casas assentes em
estacas elevadas), típicas da praia de Vieira de Leiria, mas ideais para protecção
das cheias do Tejo e que, ao mesmo tempo, permitiam que o pescador estivesse
sempre perto do barco.
In, Selecções do Reader’s Digest “Ainda há
avieiros no Tejo
apesar de ser uma atividade pontual, não podemos deixar de a fazer, celebrando e promovendo a importância da leitura na nossa vida!
Os professores Carlos, Belmira e Fátima ouvem atentamente a leitura da Bruna.
a profª Adélia lê atentamente
o psicólogo Frederico, que é um adepto da leitura, também participou!
A AO Fátima, concentrada no seu texto
A Laura também quis ler para os professores!
Na secretaria, também participaram! A Carmen e a Fátima estão concentradas!
A Cidália no seu momento de leitura!
A nossa direção, como sempre, participa nas nossas atividades! E cá estão eles a ler atentamente!
As professoras das AEC interromperam a sua tarefa e também quizeram participar!!!!
Na sala de professores, as profªs Emilia e Ana também quizeram ficar a saber mais sobre os Avieiros !
A profª Paula, super concentrada!
As AO Carlota e Helena, partilharam o texto !
A AO Conceição, também leu!
Na sala de alunos, também houve leitura!!!!
No bar, apesar da azáfama, houve um tempinho para ler!
em sala de aula, a profª Célia leu para os seus alunos
Os alunos do 5ºano, no final, resolveram um crucigrama!
O professor Igor, leu para os seus alunos!
As nossas cozinheiras deixaram os tachos ao lume, e fizeram questão de ler!
No Pré-escolar os meninos leram a história :
O peixe Óscar
O Óscar vivia no rio Tejo, mas andava sempre muito infeliz.
Ele não gostava do rio. Era tudo muito escuro, escuro que nem breu, e
morria de medo do escuro!!!
Céu azul,
relva verde, sol, flores por todo o lado, crianças, e era tudo tão colorido,
tão alegre, tão claro!
Óscar queria morar na relva verde entre as árvores!
Ele
ficava um bocadinho na margem do rio, mas tinha de voltar para dentro de
água para poder respirar, e começava a nadar no rio, mas era uma escuridão sem
fim, uma tristeza sem fim…
E a vida do Óscar era assim:
Da água para a margem e da margem para a água. Sempre sozinho, cheio de
medo, infeliz !!!
Um dia, o
Óscar estava a nadar e olhou para os outros peixes. Eles brincavam, contentes nas águas claras do rio. De repente, Óscar
pensou:
- Olha! Outros peixes????? A água está clara?
- Olha! Outros peixes????? A água está clara?
O que aconteceu?
- Será que vim parar a outro rio sem saber? Perguntava ele.
- Será que vim parar a outro rio sem saber? Perguntava ele.
E olhava para todo o lado e via coisas novas, via pedras de todos os
tamanhos, de todas as cores, e plantas aquáticas, e sapos, e rãs …
E era tudo tão lindo! A água azulada,
cheia de brilhos. Uma beleza mesmo!
O Óscar olhava e ria. Então e a escuridão? e o medo?
Ele estava era contente, feliz da vida!!!
De repente descobriu o que tinha acontecido, e começou a
rir. Ahahahahah!!!!
- Eu sou mesmo um pateta! Ficava a nadar de lá para cá, cheio de medo do
escuro...
- Lógico! eu só nadava de olhos fechados!
Adaptação da história original “O peixe pixote”, de Sônia Junqueira
No 1º Ciclo o texto lido foi escrito pela Carolina Pinheiro e pela Inês Gonçalves, alunas do 3ºano da Escola EB1 de Muge.
Os Avieiros
Há muitos anos atrás chegaram ao Escaroupim famílias de pescadores vindas de Vieira de Leiria, os avieiros. Elas eram muito pobres, mas eram felizes.
No início, os avieiros viviam no mesmo barco em que pescavam. No barco havia lugar para a cozinha, o quarto e a oficina onde guardavam as redes e recolhiam o peixe durante a pescaria. Na cozinha havia um fogareiro de petróleo e uma ou duas arcas onde guardavam a pouca roupa e os alimentos. Era separada do quarto por uma tábua pequena chamada emapradeira que suportava os pés enquanto remavam. Junto da proa do barco era armado o toldo que os protegia da chuva e do sol.
Os avieiros viviam da pesca no rio Tejo. Pescavam, principalmente, o sável, para vender e para comer. Utilizavam redes fixas e móveis feitas de diferentes tamanhos de malhas, o botirão, o galricho, o tranquete e a nassa.
As mulheres cuidavam das refeições, das roupas e dos filhos, mas também, eram elas que remavam e contralavam o barco enquanto os homens lançavam as redes e, ainda, ajudavam a consertar as redes. Após a pescaria, as mulheres percorriam as freguesias mais próximas com a canastra à cabeça cheia de peixe para vender.
Hoje em dia são poucos os avieiros que continuam a dedicar-se à pesca. Em vez de viverem nos seus barcos vivem em casas de madeira pintadas com cores alegres e apoiadas por pilares para serem mais resistentes às águas do rio Tejo.
seguindo-se duas atividades :
um crucigrama e a construção de uma paisagem avieira, com corte, colagem e pintura.
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